Festival de Música Polifónica de Alvaiázere assinalou vinte edições
Conforme tem sucedido quase sempre deste a sua primeira edição, ou seja, por ocasião da 42.ª Feira Agrícola, Florestal, Industrial, Pecuária e de Artesanato de Alvaiázere (FAFIPA), teve lugar pelas 17:00 do dia 15 de junho de 2024, o XX Festival de Música Polifónica de Alvaiázere, promovido pela Alva Canto – Associação de Cultura e com o apoio do Município de Alvaiázere.
A celebração de um número de edições tão marcante, impôs dar ao cartaz de um dos mais emblemáticos festivais de música coral da região, um fator de especial distinção.
Assim, como convidados especiais, juntaram-se aos “coros da casa” Coro Infanto-Juvenil de Alvaiázere e Coral Alva Canto, o grupo do concelho vizinho de Figueiró dos Vinhos, Grupo Coral São João Batista, e, provindos da Região Autónoma da Madeira, o Orfeão Madeirense, criado em 1919, e, portanto, um dos grupos corais mais antigos do país.
O Coro Infanto-Juvenil de Alvaiázere, o primeiro a subir ao palco da Casa da Cultura de Alvaiázere, que, de resto, estava repleta de público, apresentou um repertório essencialmente popular, com versões corais de música tradicional (como a peça “Ciranda”, harmonizada por Lopes-Graça), ou de música pop-rock (como o “Homem do Leme”, dos Xutos & Pontapés). De referir que o Coro Infanto-Juvenil de Alvaiázere, apresentou-se ao público com uma imagem renovada, com os seus elementos a estrear uma nova indumentária. O Coro foi dirigido pela sua maestrina Joana Santos, e acompanhado pelo pianista Rodrigo Simões.
O Coral Alva Canto, dirigido por Paulo Serafim, interpretou apenas três peças de cariz erudito. Destaque para a estreia de “Ave Generosa”, do compositor norueguês Ola Gjeilo, um tema de elevada complexidade que preencheu os ensaios do Alva Canto nos últimos dois meses.
Seguiu-se o Grupo Coral São João Batista, que alicerçou a sua atuação sobretudo em peças associadas ao Cancioneiro de Abril, uma escolha muito pertinente, considerando a celebração do cinquentenário da Revolução dos Cravos. A direção do Grupo Coral esteve a cargo da sua maestrina Margarida Santinho, tendo o mesmo sido acompanhado ao piano por Miguel Rijo.
O Orfeão Madeirense, sob regência da maestrina Maria João Caires, apresentou-se ao público Alvaiazerense com o seu hino, seguindo-se uma versão para coro do conhecido “Bailinho da Madeira”, harmonizada por João Victor Costa. As restantes peças ofereceram uma viagem entre a música ligeira portuguesa e temas de música popular internacional, culminando a atuação com um medley de temas de Andrew Llloyd Weber. As peças interpretadas foram acompanhadas ao piano por Márcia Brito.
No momento institucional que se seguiu, de intervenções e troca de presentes, Manuel Lourenço, Presidente da Direção da Alva Canto, agradeceu fundamentalmente a todos os intervenientes que possibilitaram a realização do XX Festival de Música Polifónica de Alvaiázere, em particular ao Município de Alvaiázere e aos restantes coros, sublinhando a presença do coro do Funchal.
Ana Faria, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Alvaiázere, felicitou a Alva Canto por se assinalarem vinte edições do Festival, e dando nota que o Município está sempre disponível para apoiar iniciativas culturais com a qualidade do evento proporcionado naquela tarde. Destacou, ainda, o nome da Professora Celestina Agrela, coralista do Coral Alva Canto e natural da Madeira, pelo contributo dado na prossecução do intercâmbio em curso, com o coro dessa região.
Paulo Ferreira, Presidente da Direção do Orfeão Madeirense, retribuiu os agradecimentos e deu conta na experiência fantástica que lhe está a ser proporcionada por terras Alvaiazerenses, assumindo a vontade de, mais tarde, pretenderem regressar. O XX Festival de Música Polifónica terminou com a junção dos quatro coros, para a interpretação do cânone “Viva la musica”, numa ode à cultura e à música coral.